"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

26 dezembro 2013

Uma breve resposta à doutrina arminiana da graça preveniente

Por John Hendryx



O termo “graça preveniente” — uma doutrina distintamente arminiana — se refere a uma graça universal que precede e possibilita as primeiras agitações de uma boa vontade ou inclinação em direção a Deus e ela explica a extensão ou grau para o qual o espírito santo influencia uma pessoa anterior a sua vinda à fé em Cristo. O arminiano, junto com o calvinista, afirma a inabilidade moral humana e o total desamparo do homem natural em questões espirituais e a absoluta necessidade pela sobrenatural graça preveniente se houver qualquer resposta certa ao evangelho. Como os calvinistas, os arminianos concordam que, à parte de um ato da graça da parte de Deus, ninguém voluntariamente viria a Cristo. Este ponto é importante distinguir de modo a não confundir o arminianismo clássico com fineyismo ou semi-pelagianismo, que ambos rejeitam a necessidade da graça preveniente. Então a redenção de Cristo é universal num sentido provisório, mas condicional quanto à sua aplicação a qualquer indivíduo, isto é, aqueles que não resistem à graça oferecida a eles através da cruz e do evangelho. A graça preveniente, de acordo com os arminianos, chama (exteriormente), ilumina e capacita antes da conversão e faz a conversão e a fé possíveis. Enquanto os calvinistas creem que o chamado interior ao eleito é irrevogável e efetivamente traz os pecadores a fé em Cristo, o arminiano, por outro lado entende a graça de Deus como finalmente resistível. Em resumo, eles afirmam que a graça preveniente, que é dada a todos os homens em algum ponto em suas vidas, temporariamente traz o pecador para fora da sua condição de depravação total e o coloca em um estado neutro de livre-arbítrio em que o homem natural pode aceitar ou rejeitar a Cristo.

A graça preveniente definida como se segue pela “ordem de salvação de Wesley”:


“Os seres humanos são totalmente incapazes de responder a Deus sem Deus primeiro capacitá-los a ter fé. Esta capacitação é conhecida como graça preveniente. A graça preveniente não nos salva, mas, em vez disso, vem antes de qualquer coisa que nós fazemos, nos atraindo para Deus, nos fazendo QUERER ir a Deus, e nos capacitando a ter fé em Deus. A graça preveniente é universal, tanto quantos todos os homens a recebem, independente deles terem ouvido falar de Jesus. Ela é manifestada no desejo estável da maioria dos humanos conhecer a Deus.”

Portanto, em resposta a afirmação ortodoxa de que a geração de fé dos pecadores por si mesma implica mérito, o arminiano frequentemente responderá afirmando que a vontade humana, socorrida pela graça preveniente, é livre, mesmo em aceitar a graça do perdão; embora esta aceitação não seja mais meritória do que a aceitação de um mendigo de uma fortuna oferecida, ainda é aceita livremente, e com o poder de rejeição, nenhuma é menos graça por isso. Em outras palavras, cada pecador determina por si mesmo, se será salvo ou não, e assim determina sua própria eleição baseado em se ele responde ou não positivamente ao evangelho oferecido a ele por Deus enquanto sob à influência da graça preveniente. O arminiano argumenta que qualquer outra coisa seria injustiça de Deus.


Resposta:



Enquanto o exemplo do mendigo pode soar razoável à primeira vista, eu proponho olhar mais atentamente nestes conceitos. Quais são as semelhanças e diferenças da teologia arminiana com a ortodoxia sobre o conceito de graça salvadora?

Similaridades arminianas com a teologia reformada:



(1) Todos os homens precisam ser salvos da ira de Deus através da obra expiatória de Cristo.

(2) Ambos reformados e arminianos creem que, sem a graça de Deus o homem é totalmente incapaz de responder ao evangelho. Ambas as posições estão em total acordo.

As diferenças arminianas com a teologia reformada está em seu entendimento do significado da graça:

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Fonte: Monergism

Tradução: Francisco Alison Silva Aquino

Divulgação: Bereianos

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