"A Verdade não precisa de defesa; por si mesma ela se defende. A Verdade precisa ser proclamada!"

25 janeiro 2011

Obediência e Dependência



Por Natan de Oliveira





“Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?” Romanos 6.16

No dia-a-dia Deus tem me provado de diversas maneiras.

Cada vez que uma coisa ruim nova acontece, na minha mente sempre me lembro de duas palavras e os pensamentos que as acompanham: Obediência e Dependência.

Desconfio cada vez mais que Deus na realidade não se importa se uma pessoa é rica ou pobre. Ele não se preocupa se esta pessoa foi ou é um grande sucesso na vida ou se foi ou é um grande fracasso aos olhos humanos.

Parece-me que Ele trata com esta pessoa observando apenas dois aspectos, a saber, sua obediência e sua disposição para a dependência (Dele).

“Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.” 1 Samuel 15.22

Mas o problema é que a obediência se aprende pelo sofrimento.

Tenho até medo de pedir “... Senhor me ensine a te obedecer cada vez mais...”, pois sei que logo para que oração seja atendida, vem o sofrimento e provação para exercício e crescimento do espírito de obediência.

Se todos os mandamentos não existissem, e no lugar deles só um fosse colocado, tipo, “Não comerás limão...”, imagino que os homens chupariam limão o dia todo, viveriam comendo picolé de limão, tomando limonada, comendo tortas de limão, colocando limão em qualquer receita salgada possível.

Por mais inocente e viável que fosse a obediência de um mandamento, ele seria quebrado, pois está no coração do homem um desejo (o pecado) que é o de desobedecer seu Criador.

O mesmo se dá com a dependência.

O homem quando diz que quer liberdade e segurança, na realidade, penso que está querendo é ser livre de Deus para egoisticamente fazer o que bem desejar e encontrar uma forma de “garantir” o melhor deleite que puder para o seu dia-a-dia.

“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos deleites.” Tiago 4.3

E quanto mais Deus deseja que sejamos e aprendamos a sermos obedientes, me parece que mais e mais Ele nos coloca em situações de risco (para “verificar” o grau de confiança) e situações de teste (para “verificar” o grau de obediência).

Não que Ele não saiba, mas pedagogicamente é bom que saibamos obedecer pelo padecimento.
Foi assim com o Senhor Jesus, me parece que será assim conosco.

“Ainda que era Filho (Jesus), aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.” Hebreus 5.8

E olhando ao passado, pensando na minha arrogância, no meu egoísmo que sempre se manifesta no presente quando eu fico “distraído”, relembro que eu não mereço o Seu amor. Nem mesmo o entendo.

Nesta caminhada da vida, no aprendizado destas duas lições (obediência e dependência) que o Senhor não vire o Seu rosto de mim, que não trate comigo na mesma medida dos meus pecados, que não me tire a esperança, que não permita que seja nem muito rico, nem muito pobre, que não me prove além das minhas forças, que esteja comigo a cada passo.

Antes da minha conversão, eu passava os dias em pensamentos luxuriosos.
Hoje, outros “pecados” se aproximaram de mim, que antes eu não notava tanto, e o meu pior inimigo tem sido a ansiedade.

Na luta contra a ansiedade tenho percebido como é difícil ser obediente e dependente do Senhor.

“Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como filhos obedientes...” 1 Pedro 1.13-14a

NOTA: Texto gentilmente cedido pelo autor e disponível originariamente em "Reflexões Reformadas"

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